sexta-feira, 19 de julho de 2013

Uma do Luiz Pacheco

Foi numa livraria que já era, no Rossio, lado do Nicola, com uns dois ou três degraus até chegar aos expositores e estantes, naqueles tempos em que as livrarias também tinha livreiros que conviviam com escritores e leitores.
E foi ali que fui cravado pelo Luiz Pacheco, impingindo-me esta fotocópia, mas numerada e assinada a lápis, como se o fosse uma serigrafia. Mas o papel não é de serigrafia e tudo indica que, a partir de um original de H. Mourato, foram feitas 50 fotocópias, posteriormente numeradas e assinadas. Mas que se lixe! Pacheco deve ter pedido 20 paus ou coisa assim, ficou feliz, e eu guardei até hoje esta pérola.
E que se lixe porque a fotocópia vinha acompanhada de um bónus: um cartão que, referindo-se ao nº 7 atribuído à minha serigrafia, aliás fotocópia, diz isto: “7, nº Ka-ba-lís-tico (não confundir c/ KA-VA-KU ou KA-DI-LHE)” e isto aparenta ser música do Pacheco, numa altura em que o governo era um dos do KA-VA-KU.

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