quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tony Judt - 1



“A qualidade materialista e egoísta da vida contemporânea não é intrínseca à condição humana. Muito do que hoje parece natural remonta aos anos 80: a obsessão pela criação de riqueza, o culto da privatização e do sector privado, as crescentes disparidades entre ricos e pobres. E sobretudo a retórica que vem a par de tudo isto: admiração acrítica dos mercados sem entraves, desdém pelo sector público, a ilusão do crescimento ilimitado.

Não podemos continuar a viver assim. O pequeno crash de 2008 foi um aviso de que o capitalismo não-regulado é o pior inimigo de si mesmo: mais cedo ou mais tarde há-de ser vítima dos seus próprios excessos e para salvar-se recorrerá novamente ao Estado. Mas se nos limitarmos a apanhar os cacos e a continuar como dantes, podemos esperar convulsões maiores nos próximos anos.”

InUm tratado sobre os nossos actuais descontentamentos”

1 comentário:

tempus fugit à pressa disse...

A qualidade materialista e egoísta da vida contemporânea não é intrínseca à condição humana?

Nã? o homem é um animal gregário mas territorial, que tal como o lobo caça em matilhas com lobos alfa no comando

como os machos de dorso dourado, aspira a domínio sobre o grupo

é biológico não é social

o social é artificialismo
congregar uma espécie que não foi feita para viver em grupos de mais de 50 ou 100 indivíduos