domingo, 8 de julho de 2012

Paul Bowles (1910-1999)

Paul Bowles


E de novo as leituras são como as cerejas. Desta vez a partir da leitura em curso – “Navegação Ponto Por Ponto” de Gore Vidal – um livro de memórias.
Gore refere Paul Bowles – escritor, compositor e viajante – entre as suas muitas relações pessoais, no caso uma relação aparentemente não isenta de mal-entendidos. Segundo Gore, Bowles odiava o seu país, os USA, e isso pode explicar, admito eu, a sua vida de nómada que o leva a instalar-se em Marrocos (Tânger) onde viveu 52 anos, o que não impediu que visse a ser enterrado em Nova Iorque. A escolha de Tânger, diz-se, deve-se muito à suavidade do ambiente, à tolerância quanto à homossexualidade e consumo de drogas, pelo menos naquela altura.
A leitura do seu livro “O céu que nos protege”, e que deu no filme “Um Chá no Deserto” de Bertolucci, foi-me sugerida como preparação de uns dias de férias em Marraquexe, por parte de quem sabe. E li com prazer uma narrativa que tem muito de autobiográfico e que é muitas vezes pesada e cruel.
Mas, tendo apenas a referência à sua atividade de escritor, estava longe de saber que, por cá, a pretexto do seu centenário, se realizou um concerto com música sua organizado pelo Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa, com o pianista António Rosado entre outros. Uma descoberta googliana.
 

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