sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Cão é cão. Ponto!


cão
Um cão de raça potencialmente perigosa – um conceito legal – atacou uma criança de 18 meses que morre, segundo autopsia, por causa dos ferimentos provocados pelo animal.
Como mandam as regras, o cão deve ser abatido. E nasce um clamor nas redes sociais a favor do animal, tendo já lido por aqui isto: “Se se abate um cão por ter morto um ser humano, porque não se abate um ser humano por ter morto um cão?”
O fundamentalismo chega a isto. Cão e homem são a mesma coisa, esquecendo-se que o homem, enquanto ser inteligente, está obrigado a um código de conduta e, por isso, é penalizado, legalmente, por aquilo que seja a sua ofensa aos direitos dos animais. Porque os animais têm direitos, claro que têm. Mas, contrariamente aos homens, os animais não têm deveres ou obrigações. E isso exatamente porque falamos de seres que apenas a idiotia fundamentalista quer equivaler.
Que fazer então ao dito cão? Mandá-lo para a cadeia, mesmo sem julgamento, e julgamento justo? Para um reformatório? Fazê-lo frequentar estágios de sociabilidade? Ou, por que não, dar-lhe a lista dos peticionários para poder ferrar à vontade sem que haja reclamações?
Uma coisa é certa: o cão não teve culpa, apenas porque não é possível assacar culpas a um ser irracional. Mas está em causa um valor: o da segurança. E é por isso que um cão, agora perigoso – de novo um conceito legal – deve ser abatido.
A quem me quer comparar com um cão, apenas espero não o ter pela frente quando se trate de optar entre mim e um cão. Porque, nesse caso, sentir-me-ei melhor com o que possa ser a atitude do cão, por ser cão e a mais não ser obrigado.

1 comentário:

lino disse...

Na opinião dessa gentala, abatido deve ser o homem que morder um cachorrito. Ao que nós chegámos!
Abraço