Sá Carneiro tinha um sonho quando o Diário, jornal do PCP, o elegia como outros, bem mais tarde, elegeram Sócrates para bombo de festa. Aquele sonho está realizado: um PR de direita, uma maioria de direita. E, pasme-se, com decisivo contributo do PCP, responsável pela queda de um governo do PS.
Agora temos uma inutilidade parlamentar e um partido que vive muito da religiosidade dos seus membros, a razão largada no lixo porque não miscível com a profunda crença numa utopia que poucos, muito poucos, ainda têm como o sal da terra.
No altar destes crentes permanece um galheteiro: Jerónimo ao centro, o vinagre verde de Heloísa de um lado, o azeite do Corregedor, para as lamparinas, do outro. Com a importância de um galheteiro numa feijoada à transmontana.
Pela frente, terão um programa de privatizações nas mãos da direita e que lhe reduzirão o espaço de manobra, sob a forma de greves, por muito que esbracejem num parlamento onde agora já nem para as coligações negativas são precisos.
E bem pode Jerónimo manter o slogan “Por uma política patriótica de esquerda” que com ele não conseguirá mais que os habituais sorrisos de compaixão.
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