terça-feira, 21 de maio de 2013

Inimputável, qual idiota de aldeia...

“(…) O que é espantoso é que parece ter-se instalado o consenso sobre Cavaco Silva: todos o tratam como tratariam o idiota da aldeia, com paciência e benevolência, às vezes com um sorriso de comiseração, sem esconder aqui e ali um lampejo de irritação, mas garantindo-lhe sempre a inimputabilidade que os costumes, a mora e a lei concedem aos pobres de espírito.
Cavaco deixou, pura e simplesmente, de ser (e de poder ser) levado a sério. Uma referência a Cavaco no meio de uma conversa é, forçosamente, um convite à mofa e aos gracejos. O que é grave, já que lhe cabem deveres de garantia do funcionamento das instituições democráticas que ele é, assim, absolutamente incapaz de cumprir, seja através de intervenções públicas ou de lanches privados. O que é grave, porque vivemos um momento de emergência nacional, de submissão a interesses estrangeiros e de traição aos portugueses que exigiriam a intervenção de um chefe de Estado. (…)”

José Vítor Malheiros, PÚBLICO de 21 de Maio de 2013

1 comentário:

NoHope disse...

E no entanto lá está ele.
E que mecanismos temos para o pôr de lá para fora? A quem apelamos?