sexta-feira, 24 de maio de 2013

Só à biqueirada... (2)

Reação de Luiz Pacheco quando soube, onde esteja, deste caso.
Para além do Bica do Sapato, os senhores administradores da Gebalis, à conta desta, frequentavam também o Gambrinus, o Porto de Santa Maria, no Guincho, e outros locais de “requinte gastronómico”, como é o caso do Búzio, na praia das Maçãs. E por que aqui? Porque um senhor administrador estava de férias e, para não ir a Lisboa – fica de facto muito longe – fez deslocar cinco ou seis trabalhadores da empresa para trabalharem com ele na praia das Maças, com direito a almoço que custou 338€ à Gebalis, isto é, quase 50€ ou mais por cabeça, conforme se trate de 6 ou 7 pessoas. É de ficar a arrotar toda a tarde.
Um outro administrador chegava a gastar 2.000€ mensais em refeições. E quando se perguntava porque não usava, para isso, a verba atribuída para despesas de representação, a resposta é que considerava tal verba como integrando o ordenado, logo intocável. Este mesmo administrador pagou com o cartão de crédito da Gebalis a aquisição do livro “O Grande Livro do Bebé – O primeiro ano de vida”. Para quê? Simples de explicar: a Gebalis ia criar creches. Mas qual o conteúdo do livro? Não sabia, porque não leu o livro que, aliás, também não foi encontrado na Gebalis. Já o MP3 igualmente comprado com o mesmo cartão de crédito era para ouvir música na sala do conselho de administração.
Um regabofe.
Mas o que me revolta é a falta de jeito e o descaramento com que se justificam estes desmandos. Só por isso, esta gente deveria ficar a pão e água no resto das suas vidas. Sem prejuízo do reembolso do que… roubaram e das inerentes penas.

Sem comentários: