sábado, 4 de maio de 2013

Poupem a Primavera, carago!



Pormenor da Primavera de Botticelli
 
Eu sei que tempo é tempo. Uma medida, uma circunstância, uma época, uma marca. Mas quando se trata da Primavera eu passo-me com o que sejam as previsões ou as correções das previsões feitas pelo Banco de Portugal, o FMI, o BCE, seja quem for, quando se trata de anunciar mais desemprego, mais recessão, mais falências, o que seja desde que da mesma natureza. Se fossem previsões de Inverno, eu não daria tanto por isso, pois o frio também é duro, a época é triste. Se fossem de Outono, eu diria que já era o inverno a querer chegar antes do tempo. Claro, no Verão, uma pessoa senta-se numa esplanada, bebe uma bejeca, come uns tremoços ou umas pevides e a crise passa, o calor ajuda. Mas na Primavera? Poupem a Primavera. Ou então digam que são previsões de Maio, ou de Junho. Mas não me estraguem a Primavera com esta porra de previsões. Não me obriguem a falar mal ou a ser violento. Poupem-me!
 


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