terça-feira, 18 de novembro de 2008

Suspenda-se a democracia, diz ela

"Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se”, observou em seguida a presidente do PSD, acrescentando: “E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia”.
Agora, em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar – porque nessa altura estão eles todos contra. Não é possível fazer uma reforma da justiça sem os juízes, fazer uma reforma da saúde sem os médicos
”, completou Manuela Ferreira Leite.


Temos então quê, reformas em democracia, só aquelas que não coloquem em causa interesses corporativos. Que reformas serão? Ou, então, forçoso é que se suspenda a democracia, como condição para que as reformas sejam possíveis.

Era atacada por estar calada. Agora é o que se vê: discordância quando ao modesto valor proposto para o salário mínimo nacional, reclamação para que as notícias não correspondam aos critérios editoriais dos meios de comunicação, mas àqueles que interessem a cada grupo, xenofobia quando argumenta que as obras públicas dão apenas, ou sobretudo, emprego a ucranianos e cabo-verdianos.

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