"O meu grande sonho é ser pobre um dia porque ser todos os dias é ... tramado!"
domingo, 31 de maio de 2009
Obrigado, cidadãs!
Há dias, a propósito da sugestão de Vital Moreira quanto à criação de um imposto europeu, ouvi a Miguel Portas isto, quase certo de que transcrevo bem: "... é fazer cair sobre os cidadãos o orçamento comunitário."
Matutei, matutei, e só posso concluir que o orçamento, sendo assim, está a ser alimentado pelas cidadãs.
Que seja, mas espero que não me acusem de estar por conta, para não utilizar o vernáculo mais adequado. É que eu julgava que algum me saía do bolso, mas não, segundo Portas.
A educação, um dente de profundas raízes e a curva de Gauss
No dia da manif dos 50 ou 70 mil – isto parece que está em quarto minguante, apesar da mobilização feita na blogosfera – a SIC-N convidou a sua especialista para a educação. Havia que ouvir quem sabe.
Mas, coitada, desta vez não esteve lá para fazer mais uma reportagem. Tinham acabado de lhe arrancar um dente, deu conta. Dou por certo que isto terá capítulo próprio na próxima reedição do seu best-seller Bilhete de Identidade.
Claro que ela é pela avaliação, nisto não está com os sindicatos, antes mais a favor da curva de Gauss e não sei quê. Ou pensam vocês que ela faz a coisa por menos? Curva de Gauss, registem.
Mudou logo de assunto, mas a curva de Gauss dá um toque de classe.
Mas, coitada, desta vez não esteve lá para fazer mais uma reportagem. Tinham acabado de lhe arrancar um dente, deu conta. Dou por certo que isto terá capítulo próprio na próxima reedição do seu best-seller Bilhete de Identidade.
Claro que ela é pela avaliação, nisto não está com os sindicatos, antes mais a favor da curva de Gauss e não sei quê. Ou pensam vocês que ela faz a coisa por menos? Curva de Gauss, registem.
Mudou logo de assunto, mas a curva de Gauss dá um toque de classe.
Mas está tudo errado. Porque isso da avaliação com fichas a preencher, nem pensar. Para a Madame Mónica a avaliação é subjectiva e assim terá que ser. Não é que discorde dela em absoluto, que isso da objectividade, nesta matéria, é coisa do domínio da metafísica. Mas fosse a ministra ou os secretários de estado a afirmá-lo, e teríamos o Nogueira a esgrimir mais que os conhecidos argumentos contra.
Mas, pergunta a entrevistadora – parece que ainda atordoada com a curva de Gauss – será que isto, esta crise, é uma fatalidade?
Que sim, afirma Madame Mónica que invoca para o efeito Afonso Henriques para concluir que a crise tem razões tão profundas como as do dente que lhe tinham arrancado. Por isso é absolutamente pessimista. Aqui nem a curva de Gauss lhe valerá.
Cereja em cima do bolo em que, como regra, se transformam as análises de Dona Mónica: para ela, há uma questão de fundo, de legitimidade. A ministra não foi eleita pelo Parlamento quando, segundo ela, os ministros deveriam ser recrutados entre os deputados eleitos. E fosse assim - deduzo eu - todas as políticas seguiriam sem qualquer contestação legítima. Ministro eleito é que é.
D Mónica não desenvolveu o tema. E foi pena. Aguardemos pela extracção do próximo dente, que não será nenhum do siso. Onde já vão eles!
Mas, pergunta a entrevistadora – parece que ainda atordoada com a curva de Gauss – será que isto, esta crise, é uma fatalidade?
Que sim, afirma Madame Mónica que invoca para o efeito Afonso Henriques para concluir que a crise tem razões tão profundas como as do dente que lhe tinham arrancado. Por isso é absolutamente pessimista. Aqui nem a curva de Gauss lhe valerá.
Cereja em cima do bolo em que, como regra, se transformam as análises de Dona Mónica: para ela, há uma questão de fundo, de legitimidade. A ministra não foi eleita pelo Parlamento quando, segundo ela, os ministros deveriam ser recrutados entre os deputados eleitos. E fosse assim - deduzo eu - todas as políticas seguiriam sem qualquer contestação legítima. Ministro eleito é que é.
D Mónica não desenvolveu o tema. E foi pena. Aguardemos pela extracção do próximo dente, que não será nenhum do siso. Onde já vão eles!
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Vai fermoso mas não seguro...
Estava no programa do Mário Crespo e eram 21.48 quando afirmou que Oliveira e Costa nada responderia na sua audição na AR, considerando-a desnecessária. Oliveira e Costa estava então a responder e continuou a responder, longamente, até às 00.19 horas. Mas António José Seguro tinha já a sua certeza quanto ao desfecho.
E quanto à irrelavância da audição de Oliveira e Costa estava bem acompanhado pelo seu parceiro de debate, José Luís Arnaut. E como se percebe isso, quando anda por lá um conselheiro e um comendador. Mas que maltratados que ficaram!
Mas que a audição vai dar que falar, isso vai. E quem inquiriu está ali na SIC-N a considerar úteis as declarações.
Azar para quem fala antes do tempo e, sobretudo, se arma em bruxo. Apesar do estafado ar institucional do eterno candidato a candidato.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
segunda-feira, 18 de maio de 2009
domingo, 17 de maio de 2009
Contrapoder ou antipoder? pergunta o Provedor do Leitor do Público
[…] “É certo que o Público tem o direito, e até o dever, de assumir uma atitude de contrapoder, mas neste caso parece estar reunida a massa crítica para se considerar que o jornal passou de uma posição de isenção para um pendor claramente anti-governamental. Verifique-se, por exemplo, que Cavaco Silva apresenta um saldo de 16 notas a favor contra sete negativas e que a principal figura da oposição, Manuela Ferreira Leite, apesar de um balanço negativo (nove a favor e 12 contra), é objecto de uma apreciação muito mais equilibrada, como se, aos olhos dos directores deste jornal (a cargo de quem costuma estar a secção [Sobe e desce]), a líder dos sociais-democráticos fosse, mesmo assim, preferível a Sócrates à frente do governo.
Não viria mal ao mundo, não fora o facto de o Público nunca se ter assumido editorialmente como oposição ao governo, contrariando assim o princípio da ‘relação rigorosa e transparente’ com os leitores que é enunciado no seu estatuto editorial. Estes números mostram que entre os responsáveis da redacção se estabeleceu como politicamente correcto deitar abaixo o executivo, e que uma opinião diferente terá muito mais dificuldade em ver a luz do dia. O provedor não diria que existe uma intenção deliberada nesse sentido, mas que se pode ter instalado um espírito que desemboca nessa consequência. […]
Mas as tendências que se detectam nas notas atribuídas sugerem a possível existência de uma agenda oculta na redacção do Público e que, a bem do contrato do jornal com os leitores, seria bom que se clarificasse. Bastará que não se deixe escapar nenhum deslize e que, em contrapartida, se ignore os aspectos positivos na carreira de uma figura pública para lhe criar uma imagem desfavorável (e deturpada) – aquilo que se designa como ‘ter má imprensa’.Para trás, ficam os padrões da objectividade que muitos órgãos da informação fazem questão, mesmo assim, de continuar a apregoar”. […]
Joaquim Vieira, Provedor do Leitor – Público de 17-05-09
Basta isto de tão claro que é. E de pessoa insuspeita. O que não deve custar a JMF ter que publicar coisas assim...
Não viria mal ao mundo, não fora o facto de o Público nunca se ter assumido editorialmente como oposição ao governo, contrariando assim o princípio da ‘relação rigorosa e transparente’ com os leitores que é enunciado no seu estatuto editorial. Estes números mostram que entre os responsáveis da redacção se estabeleceu como politicamente correcto deitar abaixo o executivo, e que uma opinião diferente terá muito mais dificuldade em ver a luz do dia. O provedor não diria que existe uma intenção deliberada nesse sentido, mas que se pode ter instalado um espírito que desemboca nessa consequência. […]
Mas as tendências que se detectam nas notas atribuídas sugerem a possível existência de uma agenda oculta na redacção do Público e que, a bem do contrato do jornal com os leitores, seria bom que se clarificasse. Bastará que não se deixe escapar nenhum deslize e que, em contrapartida, se ignore os aspectos positivos na carreira de uma figura pública para lhe criar uma imagem desfavorável (e deturpada) – aquilo que se designa como ‘ter má imprensa’.Para trás, ficam os padrões da objectividade que muitos órgãos da informação fazem questão, mesmo assim, de continuar a apregoar”. […]
Joaquim Vieira, Provedor do Leitor – Público de 17-05-09
Basta isto de tão claro que é. E de pessoa insuspeita. O que não deve custar a JMF ter que publicar coisas assim...
Nova modalidade olímpica: dar ao dente em Oeiras
“Jantar é o ponto alto do centenário do COP (Comité Olímpico Português) ”, titula o Público de 16-05-09. E “não é um jantar qualquer”, afirma o presidente do COP Vicente Moura. Mais: “É um evento que não se pode comparar só a um jantar, do bacalhau com as batatas e o vinho e que também não podemos confundir com o apoio a atletas e aos clubes”, acrescenta o vereador do Turismo Carlos Oliveira (PS).
Por isso a CM de Oeiras contribui com 130 mil euros, vai encomendar monumento ao COP até 500 mil euros, para além da cedência dos jardins do Palácio do Marquês e o necessário apoio logístico.
Pormenor: os convites deverão fazer referência ao presidente da CMO como co-anfitrião da gala que terá mais de 800 convidados.
Veremos quem sobe ao pódio.
Por isso a CM de Oeiras contribui com 130 mil euros, vai encomendar monumento ao COP até 500 mil euros, para além da cedência dos jardins do Palácio do Marquês e o necessário apoio logístico.
Pormenor: os convites deverão fazer referência ao presidente da CMO como co-anfitrião da gala que terá mais de 800 convidados.
Veremos quem sobe ao pódio.
Um copo de água em vez de?
“Haver um preservativo à disposição dos jovens é o mesmo que ter uma máquina de distribuição de água, quando ter uma relação sexual não é o mesmo que beber um copo de água.”
Maria de Belém Roseira
Tomo nota, não vá eu confundir uma coisa com a outra, que por vezes sou muito distraído. Não vá eu beber um copo de água em vez de. Ou vice-versa.
De qualquer modo, recorre-se à água em função de uma necessidade e não pelo simples facto de ela estar disponível. E, sendo assim, que diferença entre a máquina de distribuição da água e a de distribuição de preservativos? Por mim, só diferem em função do produto disponibilizado, havendo sempre a condição da necessidade para se recorrer a uma ou a outra. E não basta um preservativo para...
Esta surpreendeu-me muito, tratando-se de Maria de Belém Roseira. Ai se a Natália estivesse entre nós... sairia poema, agora para a Roseira.
Maria de Belém Roseira
Tomo nota, não vá eu confundir uma coisa com a outra, que por vezes sou muito distraído. Não vá eu beber um copo de água em vez de. Ou vice-versa.
De qualquer modo, recorre-se à água em função de uma necessidade e não pelo simples facto de ela estar disponível. E, sendo assim, que diferença entre a máquina de distribuição da água e a de distribuição de preservativos? Por mim, só diferem em função do produto disponibilizado, havendo sempre a condição da necessidade para se recorrer a uma ou a outra. E não basta um preservativo para...
Esta surpreendeu-me muito, tratando-se de Maria de Belém Roseira. Ai se a Natália estivesse entre nós... sairia poema, agora para a Roseira.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
O Azereiro citado...
... por quem se aprecia, entre outros que são igualmente referências.
• Mariana Trigo Pereira, É uma questão de ler o gráfico:
• jmf, Metro: a campanha de publicidade perfeita:
• A. Moura Pinto, Uma buracada contra a crise
• Carlos Santos, Defensores da Tortura, Bloggers & Inimigos de Mário Soares
• Eduardo Pitta, DEMOCRACIA DIRECTA
• Eugénia Vasconcellos, POR FAVOR, NÃO MEXA NOS MEUS TÍMPANOS...
• Francisco Clamote, "Pressionados" dizem, mas não "impressionados"
• Francisco Seixas da Costa, Visita de Estado
• Ivan Nunes, Na presidência um blogger
• João Abel de Freitas, Dois pesos e duas medidas
• João Galamba, A ditadura do senso comum
• João Pinto e Castro, Desglobalização?
• José Simões, A outra pressão
• maradona, “ah ah ah ah! ... ” [Ou o mercado das ideias a funcionar]
• Porfírio Silva, deve ser cooperação estratégica
• Rui Pena Pires, A Feira da Ladra, a assinatura da Cais e a desigualdade social
• Vieira do Mar, ergue a mão encontra hera e vê que ele mesmo era a princesa que dormia
In Blog Câmara Corporativa
• Mariana Trigo Pereira, É uma questão de ler o gráfico:
• jmf, Metro: a campanha de publicidade perfeita:
• A. Moura Pinto, Uma buracada contra a crise
• Carlos Santos, Defensores da Tortura, Bloggers & Inimigos de Mário Soares
• Eduardo Pitta, DEMOCRACIA DIRECTA
• Eugénia Vasconcellos, POR FAVOR, NÃO MEXA NOS MEUS TÍMPANOS...
• Francisco Clamote, "Pressionados" dizem, mas não "impressionados"
• Francisco Seixas da Costa, Visita de Estado
• Ivan Nunes, Na presidência um blogger
• João Abel de Freitas, Dois pesos e duas medidas
• João Galamba, A ditadura do senso comum
• João Pinto e Castro, Desglobalização?
• José Simões, A outra pressão
• maradona, “ah ah ah ah! ... ” [Ou o mercado das ideias a funcionar]
• Porfírio Silva, deve ser cooperação estratégica
• Rui Pena Pires, A Feira da Ladra, a assinatura da Cais e a desigualdade social
• Vieira do Mar, ergue a mão encontra hera e vê que ele mesmo era a princesa que dormia
In Blog Câmara Corporativa
Pero que las hay, las hay...
O PGR Pinto Monteiro não é da carreira do MP. Os camaradas do MP devem ter gostado muito da sua nomeação, como é de admitir em seitas corporativas onde, como é normal, quem não é da casa deve ficar fora.
O PGR, em tempos, insurgiu-se contra duques, condes e marqueses que encharcam o MP. A corporação, certamente, apreciou, como é natural e humano.
O actual presidente do sindicato do MP denuncia pressões sobre magistrados da sua corporação e pede audiência ao PR, saltando por cima do PRG. Tudo ainda muito normal.
O governo PS implementou medidas que desagradaram à corporação do MP, nomeadamente no que tem a ver com o estatuto do MP, como acaba de referir o inenarrável Cluny, anterior presidente do sindicato do MP, ele próprio figurante no inquérito a Lopes da Mota.
O segredo de justiça, constantemente violado, também teria que o ser no caso do inquérito a Lopes da Mota, quando nele intervieram apenas membros da corporação do MP. Por isso se conheceram os resultados, antes de apresentadas as conclusões ao Conselho Superior do MP. Temendo que o PGR as silenciasse ou minimizasse?
Naquele inquérito dão-se por pressionados magistrados do MP encarregados de investigação em processo com que se visa o PM. Aceitando tais magistrados a vergonhosa situação de vítimas… pressionáveis.
Claro que em bruxas não se deve acreditar. Mas antes lidar com bruxas que com certa gente.
O PGR, em tempos, insurgiu-se contra duques, condes e marqueses que encharcam o MP. A corporação, certamente, apreciou, como é natural e humano.
O actual presidente do sindicato do MP denuncia pressões sobre magistrados da sua corporação e pede audiência ao PR, saltando por cima do PRG. Tudo ainda muito normal.
O governo PS implementou medidas que desagradaram à corporação do MP, nomeadamente no que tem a ver com o estatuto do MP, como acaba de referir o inenarrável Cluny, anterior presidente do sindicato do MP, ele próprio figurante no inquérito a Lopes da Mota.
O segredo de justiça, constantemente violado, também teria que o ser no caso do inquérito a Lopes da Mota, quando nele intervieram apenas membros da corporação do MP. Por isso se conheceram os resultados, antes de apresentadas as conclusões ao Conselho Superior do MP. Temendo que o PGR as silenciasse ou minimizasse?
Naquele inquérito dão-se por pressionados magistrados do MP encarregados de investigação em processo com que se visa o PM. Aceitando tais magistrados a vergonhosa situação de vítimas… pressionáveis.
Claro que em bruxas não se deve acreditar. Mas antes lidar com bruxas que com certa gente.
Apenas ignorância?
Sócrates considera precipitado o seu afastamento, remetendo para o PGR.
O PRG pede para não haver precipitações, não lhe retirando a confiança, quando o poderia fazer.
Vital afirma que, no lugar de Lopes da Mota, pediria a suspensão.
A SIC N conclui haver contradição entre Sócrates e Vital. E ouvi mesmo afirmar que Vital sugeria ou pedia a suspensão, como se isso se pudesse concluir da afirmação feita de que ele, Vital, no lugar de Mota, suspenderia as funções.
Este acima, range os dentes, acusando o PS – PM e Vital – de desnorte.
Apenas ignorância? Da parte da redacção da SIC N, admitamos que sim. Da parte de Rangel, a habitual precipitação para números de circo ou de opereta, aproveitando a confusão de uns e outros. Porque isto serve a contento, na falta de melhor.
Não tarda, pedir-lhe-ão para fechar a boca. E não apenas por razões estéticas. Nem sequer para não entrar mosca. Apenas para conter o chorrilho de asneiras.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Esclareçam o homem, bolas!
Já vai na enésima vez que pergunta a quem passa pelo seu programa das 9 "Acha que Lopes da Mota tem condições para se manter no cargo?".
E continua com aquela cara de quem ainda não se sente esclarecido. O que não custa não ter ido para Washington.
Antes que seja eu o interrogado, adianto já que não. O PGR, a quem Lopes da Mota reporta, que o deixe cair, retirando-lhe a confiança. Porque esta avaliação é decisiva para a nomeação, logo também o é para a exoneração.
O que se pode aprender com o pequeno arquitecto
O Sol passa a sair às sextas para poder ser distribuído em Angola no sábado. Quais os prós e os contras, segundo Saraiva?
“Sexta é um dia em que somos o único semanário, não temos um concorrente directo”, mas confessa que sair ao sábado era importante para “competir ombro a ombro com o Expresso”, isto porque, apesar da diferença de vendas entre os títulos, “mantemos essa chama acesa. Era um ponto de honra”.
Lixou a honra, perdeu um ponto.
“Sexta é um dia em que somos o único semanário, não temos um concorrente directo”, mas confessa que sair ao sábado era importante para “competir ombro a ombro com o Expresso”, isto porque, apesar da diferença de vendas entre os títulos, “mantemos essa chama acesa. Era um ponto de honra”.
Lixou a honra, perdeu um ponto.
------------
E o Sol mudará de formato. Mais: será agravado. Porquê?
Este será “eventualmente mais pequeno, por razões técnicas apenas”, e agrafado porque, “o agrafamento vai ser o futuro de todos os jornais”.
Agora deixa de ser possível fazer a leitura a dois, ou a três, a menos que se saque previamente o agrafo. Mas ganha-se um agrafo, um sinal de futuro.
Este será “eventualmente mais pequeno, por razões técnicas apenas”, e agrafado porque, “o agrafamento vai ser o futuro de todos os jornais”.
Agora deixa de ser possível fazer a leitura a dois, ou a três, a menos que se saque previamente o agrafo. Mas ganha-se um agrafo, um sinal de futuro.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
A defesa do automatismo nas carreiras públicas, como exemplo de demagogia
Era - ainda será - prática consentida pelas regras da gestão de carreiras em muitos sectores da função pública a garantia de se chegar ao topo da carreira, bastando para isso que o tempo passasse. Uma progressão automática, à medida que se voltassem as folhas de um calendário.
Toda a gente sabe que assim não é nas actividades privadas, onde o mérito não se substitui por um qualquer calendário.
Perceber o que está certo, vai levar muito tempo. A demagogia nesta matéria está de pedra e cal.
Por isso, surpreende pouco ou nada a pergunta de Jerónimo de Sousa hoje no debate quinzenal com o PM na AR: se é aceitável exigir 45 anos de actividade aos enfermeiros para chegarem ao topo da carreira. O que não é aceitável, digo eu, é que todos possam chegar ao topo, com muitos ou poucos anos. Porque, para que as coisas funcionem bem, basta e é suficiente que apenas lá cheguem os melhores. E, quando há melhores – na enfermagem como em tudo –, é porque bastantes outros o não são.
E isto é tão normal, tão fácil de entender, que já chateia a mais despudorada demagogia sobre o tema. Ou apenas para o Comité Central e outros organismos uns são mais competentes e capazes que outros? E, mesmo que, por milagre, fossem todos, como proceder?
Toda a gente sabe que assim não é nas actividades privadas, onde o mérito não se substitui por um qualquer calendário.
Perceber o que está certo, vai levar muito tempo. A demagogia nesta matéria está de pedra e cal.
Por isso, surpreende pouco ou nada a pergunta de Jerónimo de Sousa hoje no debate quinzenal com o PM na AR: se é aceitável exigir 45 anos de actividade aos enfermeiros para chegarem ao topo da carreira. O que não é aceitável, digo eu, é que todos possam chegar ao topo, com muitos ou poucos anos. Porque, para que as coisas funcionem bem, basta e é suficiente que apenas lá cheguem os melhores. E, quando há melhores – na enfermagem como em tudo –, é porque bastantes outros o não são.
E isto é tão normal, tão fácil de entender, que já chateia a mais despudorada demagogia sobre o tema. Ou apenas para o Comité Central e outros organismos uns são mais competentes e capazes que outros? E, mesmo que, por milagre, fossem todos, como proceder?
Uma buracada contra a crise
Obras de pequena dimensão, apesar de o engenheiro até gostar de poder ter um TGV no seu jardim, segundo afirmou.
Mais: preferível às grandes obras públicas – acrescentou - nada como aquilo de uma brigada a abrir buracos, outra a fechá-los, seguida de uma terceira a abri-los de novo, assim ocupando as pessoas. Pá na mão.
E fica explicado um buraco, ora fechado, ora aberto, mas sempre um buraco. Com gente bem ocupada, aliás, mesmo especializada em buracos. Caneta no pé.
Mais: preferível às grandes obras públicas – acrescentou - nada como aquilo de uma brigada a abrir buracos, outra a fechá-los, seguida de uma terceira a abri-los de novo, assim ocupando as pessoas. Pá na mão.
E fica explicado um buraco, ora fechado, ora aberto, mas sempre um buraco. Com gente bem ocupada, aliás, mesmo especializada em buracos. Caneta no pé.
Mas com uma diferença: este não é encargo a suportar pelos contribuintes, como teriam que o ser os outros sugeridos pelo engenheiro.
terça-feira, 12 de maio de 2009
Falar verdade aos portugueses...
“É absolutamente verdade que muitos produtos financeiros são tão complexos que só os grandes especialistas os compreendem. Mesmo os reguladores estão com frequência muito atrás da inovação no sector financeiro e não percebem o que se passa. O problema é que, sem inovação e sem sofisticação crescente dos produtos, o sector não pode responder às necessidades de uma economia cada vez mais complexa e incerta. O regresso a produtos simples e compreensíveis implicaria um retrocesso gigantesco na capacidade de gestão do risco”.
António Borges *, Expresso de 11-10-2008
António Borges *, Expresso de 11-10-2008
A ser assim, melhor é marcar no calendário a data da próxima crise. Até lá, poderemos contar com esta eminência para novos produtos - complexos, sofisticados e inovadores - sem os quais nada feito. Claro que ele sabe bem que os criadores de tais merdas se safam sempre. E mais: que não são capazes de desfazer a merda que fazem, nem por isso são responsabilizados.
* um dos eventuais canditatos a ministro das Finanças da D Manuela.
domingo, 3 de maio de 2009
Jornalismo de referência na SIC-N
“Mário Crespo andou um tempão a servir a agenda do governo no seu programa Jornal das 9. A cadeira dos convidados parecia a cadeira do poder, de tanto que nela se sentaram os ministros Silva Pereira e Santos Silva. No auge desta opção editorial, o jornalista afirmou em entrevista ao Semanário Económico (15-01-09) que nas próximas eleições “provavelmente” votará (ou votaria) Sócrates; e noutra entrevista, ao CM (12-01-09), disse que “provavelmente” irá (ou iria) em breve para Washington por grandes temporadas (por coincidência foi anunciado esta semana pelo Diário da República que o próximo conselheiro de imprensa em Washington será Carneiro Jacinto, ligado ao PS). Entretanto a linha editorial de Crespo mudou e de que maneira (…) Mudar-se de opinião não é crime, nem para um lado, nem para o outro, mas 180 graus é muita mudança".
A ser assim, perdida a sinecura em Washington, Crespo vinga-se, ou pensa de outra forma, sei lá.
A ser assim, perdida a sinecura em Washington, Crespo vinga-se, ou pensa de outra forma, sei lá.
Quem escreve aquilo é este tipo, no Público de 02-05-09. Bem ao seu estilo. Sabendo o que vende e ele também não tem melhor, nem tal se justificaria no jornal do José Manuel Fernandes. Ao estilo de Crespo e com a mesma postura contra tudo o que seja PS e o seu governo, são coisas assim que lhe saem do seu “Olho Vivo” no Público. Na fronteira da bufaria, da delação.
Falta agora saber – publicamente, claro – o que terá levado Cintra Torres à sua escrita de mera, embora rasca, militância política. Com este jeito para a denúncia, aposto que chegará a denunciar-se a ele mesmo, caso lhe ocorra abordar umas nomeações havidas na RDP e de que nada terá gostado, ao que se diz.
Perante um espelho, um vê o outro. E a culpa não é do espelho.
Falta agora saber – publicamente, claro – o que terá levado Cintra Torres à sua escrita de mera, embora rasca, militância política. Com este jeito para a denúncia, aposto que chegará a denunciar-se a ele mesmo, caso lhe ocorra abordar umas nomeações havidas na RDP e de que nada terá gostado, ao que se diz.
Perante um espelho, um vê o outro. E a culpa não é do espelho.
1º de Maio - as manifestações e a ascensão dos movimentos espontâneos
Factos são factos. Não se tratou apenas de apupos. Se assim fosse, nada haveria a lamentar. Seria normal.
Mas aquilo a que se chegou – insultos e violência gratuitos – não pode ficar por uma mera lamentação. Pior ainda é tentar explicá-los ou justificá-los seja de que maneira for. Porque isso significa legitimar a atitude de quem insulta, de quem agride. E pode sobrar para quem vá por aí.
Carvalho da Silva chegou ao pedido de desculpas depois de um caminho com muito ruído, com muitos estragos na imagem, surpreendendo que não tivesse sabido evitar tal calvário.
Porque a delegação do PS estava a convite da CGTP. Depois, se todos servem para somar, para se poder apresentar um número qual arma de arremesso contra o governo, bom será que não se discrimine uns dos outros. Porque são todos manifestantes, respondendo ao apelo da CGTP.
Já o pedido de desculpas exigido pelo PS ao PCP pode ser considerado excessivo. Primeiro, porque não é o PCP quem organiza o 1º de Maio. Depois, conforme foi afirmado, Jerónimo de Sousa, a exemplo de tudo o mais no passado, só comenta o que tenha visto. E não viu o que se passou. Por outro lado, o fenómeno das manifestações espontâneas está para lá da compreensão humana. Melhor será aceitá-las com inteira normalidade, qual factor distintivo da nossa civilização.
E já era tempo de sermos espontâneos, de não irmos em carneiradas. Assim é que é bonito, porque não nos ficamos pelo singular espontâneo que saltava a barreira da praça de toiros a caminho do perigo. Digo isto porque me parece que foi a primeira vez que ouvi o termo espontâneo, quando as transmissões do exterior, na RTP, se limitavam a toiradas. Onde por vezes aparecia um espontâneo. Agora são muitos. E, obviamente, de geração espontânea.
Mas aquilo a que se chegou – insultos e violência gratuitos – não pode ficar por uma mera lamentação. Pior ainda é tentar explicá-los ou justificá-los seja de que maneira for. Porque isso significa legitimar a atitude de quem insulta, de quem agride. E pode sobrar para quem vá por aí.
Carvalho da Silva chegou ao pedido de desculpas depois de um caminho com muito ruído, com muitos estragos na imagem, surpreendendo que não tivesse sabido evitar tal calvário.
Porque a delegação do PS estava a convite da CGTP. Depois, se todos servem para somar, para se poder apresentar um número qual arma de arremesso contra o governo, bom será que não se discrimine uns dos outros. Porque são todos manifestantes, respondendo ao apelo da CGTP.
Já o pedido de desculpas exigido pelo PS ao PCP pode ser considerado excessivo. Primeiro, porque não é o PCP quem organiza o 1º de Maio. Depois, conforme foi afirmado, Jerónimo de Sousa, a exemplo de tudo o mais no passado, só comenta o que tenha visto. E não viu o que se passou. Por outro lado, o fenómeno das manifestações espontâneas está para lá da compreensão humana. Melhor será aceitá-las com inteira normalidade, qual factor distintivo da nossa civilização.
E já era tempo de sermos espontâneos, de não irmos em carneiradas. Assim é que é bonito, porque não nos ficamos pelo singular espontâneo que saltava a barreira da praça de toiros a caminho do perigo. Digo isto porque me parece que foi a primeira vez que ouvi o termo espontâneo, quando as transmissões do exterior, na RTP, se limitavam a toiradas. Onde por vezes aparecia um espontâneo. Agora são muitos. E, obviamente, de geração espontânea.
O bailinho das secretas que uns dançam, outros pagam.
Eu já tinha topado a marosca quando o via nos corsos de carnaval da Região Autónoma, bem disfarçado. E bem bebido, que é outra forma de disfarce de quem, habitualmente, corta no álcool.
Nem mais nem menos que o ensaio das viagens secretas onde o disfarce se impõe. Mas que diabo, Alberto João – desculpem, somos íntimos, quando mete secretas eu estou lá – meio milhão de euros em 2008 para viagens secretas lixa – ia a dizer outra coisa, claro - qualquer disfarce.
Foi por isso que o Tribunal de Contas – tens que lixar este TC, Alberto João (somos íntimos, como já informei acima) – deu com a língua nos dentes, ao dar com as viagens secretas.
Vai daí, todos agora sabem que a totalidade de 20 processos de aquisição auditados respeita a viagens classificadas como secretas. Porra! E agora que deixaram de ser secretas, por causa destes bufos do TC, o que poderá acontecer ao Presidente?
Melhor é passar ao plano B: fazer concursos para o fornecimento de viagens e estadas, deixar cair isso de secretas, e toca a viajar com as tais vestimentas dos corsos carnavalescos. Ninguém topará o Alberto João. Se toparem, também não haverá problema. Juro que tudo farão para se garantirem de que regressa ao ponto de partida. Para mais carnavais. E porque a Madeira é (de) um jardim. E porque o não quereriam para coisa alguma,
Nem mais nem menos que o ensaio das viagens secretas onde o disfarce se impõe. Mas que diabo, Alberto João – desculpem, somos íntimos, quando mete secretas eu estou lá – meio milhão de euros em 2008 para viagens secretas lixa – ia a dizer outra coisa, claro - qualquer disfarce.
Foi por isso que o Tribunal de Contas – tens que lixar este TC, Alberto João (somos íntimos, como já informei acima) – deu com a língua nos dentes, ao dar com as viagens secretas.
Vai daí, todos agora sabem que a totalidade de 20 processos de aquisição auditados respeita a viagens classificadas como secretas. Porra! E agora que deixaram de ser secretas, por causa destes bufos do TC, o que poderá acontecer ao Presidente?
Melhor é passar ao plano B: fazer concursos para o fornecimento de viagens e estadas, deixar cair isso de secretas, e toca a viajar com as tais vestimentas dos corsos carnavalescos. Ninguém topará o Alberto João. Se toparem, também não haverá problema. Juro que tudo farão para se garantirem de que regressa ao ponto de partida. Para mais carnavais. E porque a Madeira é (de) um jardim. E porque o não quereriam para coisa alguma,
sábado, 2 de maio de 2009
Vamos já fixar objectivos, ASAE!
Segundo o Público de 02-05-09, a ASAE “só” inspeccionou 30 parques infantis e “apenas” sugeriu o enceramento de um.
Isto não pode ser, sobretudo isso do sugerir, em vez de impor.
Temos que fixar objectivos, ASAE, quanto a inspecções e encerramentos. Claro que, depois, o Público e outros, atirar-se-ão a tais objectivos. Mas dá sempre mais pica questionar a fixação dos objectivos. Nisto entrarão o Crespo, o JMF, os grupos parlamentares, a Dra Manuela… e nada como animar esta pasmaceira.
Isto não pode ser, sobretudo isso do sugerir, em vez de impor.
Temos que fixar objectivos, ASAE, quanto a inspecções e encerramentos. Claro que, depois, o Público e outros, atirar-se-ão a tais objectivos. Mas dá sempre mais pica questionar a fixação dos objectivos. Nisto entrarão o Crespo, o JMF, os grupos parlamentares, a Dra Manuela… e nada como animar esta pasmaceira.
Subscrever:
Mensagens (Atom)