sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pero que las hay, las hay...

O PGR Pinto Monteiro não é da carreira do MP. Os camaradas do MP devem ter gostado muito da sua nomeação, como é de admitir em seitas corporativas onde, como é normal, quem não é da casa deve ficar fora.
O PGR, em tempos, insurgiu-se contra duques, condes e marqueses que encharcam o MP. A corporação, certamente, apreciou, como é natural e humano.
O actual presidente do sindicato do MP denuncia pressões sobre magistrados da sua corporação e pede audiência ao PR, saltando por cima do PRG. Tudo ainda muito normal.
O governo PS implementou medidas que desagradaram à corporação do MP, nomeadamente no que tem a ver com o estatuto do MP, como acaba de referir o inenarrável Cluny, anterior presidente do sindicato do MP, ele próprio figurante no inquérito a Lopes da Mota.
O segredo de justiça, constantemente violado, também teria que o ser no caso do inquérito a Lopes da Mota, quando nele intervieram apenas membros da corporação do MP. Por isso se conheceram os resultados, antes de apresentadas as conclusões ao Conselho Superior do MP. Temendo que o PGR as silenciasse ou minimizasse?
Naquele inquérito dão-se por pressionados magistrados do MP encarregados de investigação em processo com que se visa o PM. Aceitando tais magistrados a vergonhosa situação de vítimas… pressionáveis.
Claro que em bruxas não se deve acreditar. Mas antes lidar com bruxas que com certa gente.

1 comentário:

ana disse...

Que vergonha, este MP, que vergonha, estes magistrados. Profissionalismo, zero. Só olham para o seu umbigo, o mundo gira à volta dos seus interesses, dos seus partidos. Nem têm o cuidado de fingir que respeitam o segredo de justiça. Coitadas das suas vítimas...