segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Educar para a cidadania...

Um texto que corre entre professores, um bom exemplo para os alunos.
E se ficarem bloqueadas as aplicações de processamento de salários? E a democracia já foi suspensa?
«Dar à Sra. Ministra um pouco do seu veneno...
Colegas,
A Sra Ministra está a pôr à prova a nossa união. Como devem saber, já começámos a receber as indicações para utilizar a aplicação informática on-line para mandar os objectivos individuais.Eu sou amigo de um dos engenheiros informáticos que criaram esta aplicação naquela altura [Governo PSD/CDS] que houve problemas com os concursos. Lembram-se?Então, é assim: podemos devolver o presente envenenado à Sra. Ministra. Como?Simplesmente bloqueando a aplicação. E para isso basta introduzir três vezes a password de forma errada. Se todos o fizermos, o ME fica com um problema: 140 000 aplicações bloqueadas. Bloqueadas para a avaliação, para os concursos, para tudo... Para melhorar a situação, os engenheiros informáticos que criaram a aplicação já não trabalham para o ME.No meu agrupamento, vamos fazê-lo todos juntos. Vamos ligar um computador à net no bar e um por um, com os outros como testemunhas, vamos bloquear a nossa aplicação.Passem este esta informação, via e-mail e, se entenderem fazê-lo, melhor. Vamos dar à Sra. Ministra um pouco do seu veneno.Continuemos unidos e ninguém nos vencerá.
Vamos vencer a ditadura.»

5 comentários:

Mário Pinto disse...

Esta carta podia ser escrita por qualquer pessoa, incluindo eu que até nem sou professor, mas como serve os teus propósitos ela aí está.
Sugiro que tambem sejam publicados os artigos de Miguel Sousa Tavares e/ou de Emídio Rangel nos quais estes muito "isentos" comentadores mostraram a sua visão sobre a questão Professores/Avaliação de modo a ficarmos todos a conhecer os adjectivos por eles utilizados mas com uma vantagem: É que os referidos artigos são públicos e assinados, ao contrário dessa carta que, repito, pode ter sido escrita por alguém que tenha determinado objectivo.
Não sejamos ingénuos...

A. Moura Pinto disse...

Mário

Verdade, o texto não é assinado. Assim como nenhum criminoso deixa a assinatura no crime que comete. E este apelo é dessa natureza, trata-se de uma instigação ao crime.

Mas bom seria que não fosses precipitado. Porque eu encontrei este texto em http://www.saladosprofessores.com/ que vou acompanhando. E este site fez questão de deixar o apelo para quem o visite. Sem se demarcar dele.

Ora o Google permitir-te-ia verificar isso e talvez evitar o que escreveste.

Outra coisa que lamento são os processos de intenção –“ mas como serve os teus propósitos” -, pelo menos já por duas vezes expressos. Mas contra isso não vou dizer que os não admito, mas apenas que, de facto, os lamento. Porque, admiti-los ou não, de nada servirá para evitar ser alvo deles.

Mário Pinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mário Pinto disse...

Armando

Quando me refiro aos “teus propósitos”, não há aqui nada de depreciativo, acredita.
Tu terás um propósito de colocar em causa determinadas situações que causem embaraços ao governo e eu tenho o propósito de tentar rebater os teus argumentos.
Nada mais do que isto, garanto-te.

Repara: Tu foste a um sítio de professores e, por mero acaso – decerto – só viste essa carta que dá muito má imagem dos professores.
Eu poderia argumentar que os professores não se desmarcaram da carta porque não tiveram conhecimento dela, por exemplo, mas sou suficientemente isento para te dizer que aceito que haja professores que pensem daquela forma.

Quanto à minha eventual “precipitação”, eu não a classificaria assim.
Não tenho a pretensão de tudo saber nem ando a vasculhar – passe o termo – a net à procura desse género de assuntos. Como te disse, leio os jornais – e nem sempre… - vejo as notícias e, ultimamente, leio os artigos que publicas no teu blogue.
Já agora, e reportando-me a este exemplo da carta, poderias muito bem citar as tuas fontes.
É que, dessa forma, evitarias que quando te respondesse, o fizesse sem “precipitações”.
Decerto que Miguel S. Tavares e Emídio Rangel escreveram os seus textos com todo o conhecimento de causa e no remanso das suas convicções.
Eu sei que estou a misturar alhos com bugalhos, mas permite-me estes desabafos.


Um abraço

A. Moura Pinto disse...

Mário

Tu insistes, mas nada a fazer. Eu fui àquele site onde, aliás, estou registado desde há muito, e tirei de lá o texto. Mas, confesso, fui lá depois de o ter visto num blogue, mas com um erro, pois eram omitidas as palavras iniciais “ A Sra Ministra” o que levou a ir confirmar / procurar a versão correcta / completa.

Claro que te poderia remeter para um blogue. Mas preferi indicar-te um sítio que pudesses ter por mais… independente.

Há lá mais coisas? Claro que há. Mas eu decidi pegar numa coisa que deveria pôr os cabelos em pé a qualquer professor. Porque a estes cabe ensinar, educar. E este é um péssimo exemplo.

Já deverias ter percebido que nisto da avaliação estou claramente de um lado e julgo que não o escondo. Assim sendo, que pode de estranho haver na escolha que faço do que aqui publico?

Mas tens aqui um texto do António Barreto que publiquei. E posso garantir-te que não vai a contento do ministério – porque ainda centralista, porque nem todas as autarquias estarão em condições de satisfazer as exigências do que é proposto – mas muito menos, quase juro, da Fenprof. Porque em nada se parece com o que tem defendido, bem pelo contrário. Basta pegar na figura de director que, quando em tempos sugerida, foi logo contrariada.

Não te precipitaste? Desculpa. Eu, quanto a textos desta natureza, procuro ir atrás deles, identificar a origem, a sua eventual credibilidade.Como faço com os hoaxs. E para mim precipitaste-te ainda quando quisestes fundamentar a credibilidade e existência de um texto na condição de estar assinado, como se, por exemplo, a existência de uma carta anónima e a eventual seriedade do que nela se escreve dependesse de uma… assinatura.

Um abraço