sexta-feira, 3 de abril de 2009

Quando não basta parecê-lo...

O Ministério Público não tem sustentado as acusações, por falta de provas – o que pode revelar incompetência -, de uma boa parte dos casos mais mediáticos. Os arguidos saem vitoriosos, absolvidos. E aí vão Pinto da Costa, Ferreira Torres, para citar os casos mais recentes.
O MP não tem conseguido evitar as constantes fugas de informação dos processos ao seu cuidado, nem suster a permanente violação do segredo de justiça.
Os magistrados do MP não são, pelo facto de o serem, ungidos do Senhor, pessoas acima de qualquer suspeita. Por exemplo: o conhecidíssimo Isaltino identificou-se ao Tribunal onde está a ser julgado como magistrado do MP, aposentado. No entanto, é acusado pelo... MP.
Um magistrado do MP, exactamente por o ser, não se deve ter por pressionável, como se fosse um mero trabalhador na dependência de qualquer patrão. Quando o admite, está onde nunca deveria ter ido parar.
Um magistrado do MP, para bom prestígio da magistratura que integra, não se deveria limitar a fazer acusações públicas quanto a pressões, dispensando-se de também publicamente apresentar as provas de tais pressões. Quando assim procede, faz julgar na praça pública, sem provas, as pessoas que atinge, mesmo que as não identifique.
Quem tem por missão prosseguir com as queixas que lhe são apresentadas, bem poderia evitar queixar-se... passar por queixinhas.
Já agora: será isto mais uma pressão?

1 comentário:

ana disse...

Os magistrados, num razoável número, primeiro são homens, com todos os defeitos e qualidades. Depois, têm partidos e interesses. E só por último são magistrados. Suponho, por isso, que independentes e sérios, como desejável, haja poucos. É uma classe que de facto não admiro.O Palma não olha a direito e eu não consigo confiar nas pessoas que não olham de frente. O discurso do sei mas não digo vai muito bem com o seu olhar fugidio.