segunda-feira, 23 de março de 2009

Agualusa, o relativismo moral e a falta de memória

“O relativismo moral parece ser uma doutrina comum a todos os que não se envergonham de estender a mão aos dirigentes angolanos.” (Pública de 22-03.09)
José Eduardo Agualusa apreciou a posição do BE que se recusou a comparecer na cerimónia de apresentação de cumprimentos ao Presidente José Eduardo dos Santos. E quem não concordou com a atitude do BE, segundo Agualusa, deu provas de “extrema hipocrisia e paternalismo (uma expressão de racismo) ”.
Agualusa pode na matéria ter as posições que entender. E mesmo o BE, apesar da natureza ideológica dos partidos ou grupos que estão na sua génese. E que não se consta tenha sido abjurada.
Mas querer comparar, como faz Agualusa, o percurso de Angola com o da África do Sul, da Namíbia, de Cabo Verde, só mesmo de quem tem andado de férias, e há muito tempo, lá pelo Brasil. E bastaria recordar uma longa guerra civil e uma eleição presidencial que, se não se consumou através da segunda volta, não foi por culpa de José Eduardo dos Santos e do MPLA.
Ou me engano, ou os projectos e negócios editoriais correm bem com o Brasil, mas não com Angola. Se assim é, nada como relativizar.

1 comentário:

Anónimo disse...

that's it...
abraço