segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cooperação estratégica?

O supremo magistrado, sobre o que se diziam ser escutas feitas pelo governo aos seus assessores, preferiu despachar o caso com a afirmação de que não está interessado em que se desviem as atenções dos sérios problemas do país.
Para ele, haver ou não escutas, é coisa de somenos.
Quanto ao afastamento da Manuela Moura Guedes, já se mostrou preocupado na defesa de uma das conquistas do 25 de Abril, a liberdade de expressão ou de informação.
Ora, Cavaco tem obrigação de conhecer os temas – escutas e liberdade de expressão e informação – bem antes do 25 de Abril, época em que nada se conhece sobre as posições que sobre elas teria, embora se desconfie.
Agora, as escutas são desvalorizadas, porque não tem a coragem de as desmentir e proceder em conformidade, puxando as orelhas aos assessores. Mas não só: sabe em que sentido o mal foi feito e faz uma opção muito clara, preferindo deixar a dúvida instalada.
Quanto à defesa da liberdade de expressão ou de informação, nos termos e contexto em que o fez, apontou igualmente para o mesmo sítio. Também aqui como se pudesse invocar pergaminhos superiores aos de tantos que nada por elas fizeram no passado.

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