O tema é sério: trata-se de insinuações sobre eventuais escutas do governo à presidência da república, dois órgãos de soberania.
Depois, pelo menos à conta da imaginosa cabeça do director do Público, entram também na história os serviços de informação, ficando a história fica bem mais delicada, muito mais sensível.
Facto é que os fundamentos para esta salgalhada, que intervenientes rotulam de paranóia, datam de Abril de 2008 quando então se entendeu suspeitar de um membro do gabinete do PM integrado na comitiva oficial do PR em visita à RA da Madeira.
Sabe-se, pelo menos pelo que sobre o assunto deu a conhecer o Provedor do Público, na edição de domingo passado deste jornal, que as diligências então solicitadas ao correspondente daquele jornal na RA da Madeira deram em nada: não era possível acusar aquele elemento do gabinete do PM de ter estado onde não pudesse, nem de qualquer conduta que confirmasse as suspeitas que sobre ele foram engendradas.
Mas, apesar disso e decorridos 17 meses – em Agosto de 2009 - o Público, que não tinha visto confirmadas as suspeitas, retoma o assunto, por duas vezes, dando a saber que, segundo fontes anónimas de Belém, a PR admitia haver escutas sobre os seus assessores.
Nesta altura, depois de longo silêncio, Cavaco escudou-se por detrás dos mais importantes problemas do país. Como se estivéssemos perante uma questão menor.
E eis que o DN confirma – Louçã já o tinha afirmado – que a fonte anónima é, nem mais nem menos, que o assessor de imprensa do PR e seu colaborador cuja proximidade remonta já ao seu tempo de primeiro-ministro.
E que diz agora Cavaco? Não o “deixem-me trabalhar” de outros tempos, mas “deixem passar as eleições”, com o curioso pretexto de que se está perante uma questão político-partidária. Depois disso, e de forma discreta como diz ser seu timbre, procurará saber o que se passa com a segurança.
Depois, pelo menos à conta da imaginosa cabeça do director do Público, entram também na história os serviços de informação, ficando a história fica bem mais delicada, muito mais sensível.
Facto é que os fundamentos para esta salgalhada, que intervenientes rotulam de paranóia, datam de Abril de 2008 quando então se entendeu suspeitar de um membro do gabinete do PM integrado na comitiva oficial do PR em visita à RA da Madeira.
Sabe-se, pelo menos pelo que sobre o assunto deu a conhecer o Provedor do Público, na edição de domingo passado deste jornal, que as diligências então solicitadas ao correspondente daquele jornal na RA da Madeira deram em nada: não era possível acusar aquele elemento do gabinete do PM de ter estado onde não pudesse, nem de qualquer conduta que confirmasse as suspeitas que sobre ele foram engendradas.
Mas, apesar disso e decorridos 17 meses – em Agosto de 2009 - o Público, que não tinha visto confirmadas as suspeitas, retoma o assunto, por duas vezes, dando a saber que, segundo fontes anónimas de Belém, a PR admitia haver escutas sobre os seus assessores.
Nesta altura, depois de longo silêncio, Cavaco escudou-se por detrás dos mais importantes problemas do país. Como se estivéssemos perante uma questão menor.
E eis que o DN confirma – Louçã já o tinha afirmado – que a fonte anónima é, nem mais nem menos, que o assessor de imprensa do PR e seu colaborador cuja proximidade remonta já ao seu tempo de primeiro-ministro.
E que diz agora Cavaco? Não o “deixem-me trabalhar” de outros tempos, mas “deixem passar as eleições”, com o curioso pretexto de que se está perante uma questão político-partidária. Depois disso, e de forma discreta como diz ser seu timbre, procurará saber o que se passa com a segurança.
Coisas já claras:
Para o PR, uma questão de estado com esta sensibilidade e cujos factos - as escutas - a serem confirmados, deveriam conduzir à demissão imediata do PM, é uma mera questão político-partidária.
Por outro lado, o PR parece não ser capaz de, quanto a seu um colaborador tão próximo, confirmar ou desmentir o seu envolvimento em assunto de tamanha gravidade. Nem o fez em Agosto, nem o faz agora. E, se o vier a fazer mais tarde, já não será a tempo. Porque já não bastará demitir um colaborador, ficando o PR sem assumir, de forma muito consequente, as suas responsabilidades, demitindo-se também.
Recorde-se o ar sisudo, ameaçador mesmo, como o PR veio pedir explicações, em nome da transparência, quanto ao negócio PT / PRISA, exorbitando claramente das suas competências. E comparece-se isso com a negligência com que trata um assunto desta delicadeza, envolvendo instituições do estado.
3 comentários:
Não percebo a tua admiração. O sr. Silva nasceu para aquilo como eu para empresário de alguidares de azeite.
Onde andam os comentaristas que, de cada vez que a MFL manda uma calinada, logo se aprestam a dizer que tal faz parte de uma estratégia bem pensada.
O que em aborrece em tudo isto é ofacto de termos esta anedota como PR por falta de tacto do Eng.º.
Caro amigo,
este PR tem setenta anos. Desconfio que esteja já bastante limitado, com dificuldade de articular pensamentos e conclusões. Aconteça o que acontecer já não se livra de ficar na história pelos piores motivos. Embora nessa altura eu não prestasse grande atenção à política, porque nós temos diversas fases na nossa vida, a verdade é que me lembro dos tempos em que Cavaco foi 1º ministro, e, também me lembro, do quanto o povo português ficou farto do cavaquismo. Eis-me senão, quando apareceu como candidato a Presidente das República, foi tratado como um salvador da Pátria. Isto acontece com todos os políticos, ora são repudiados, ora tempos mais tarde ressurgem cheios de força e vigor, quase transportados em ombros. Ora, que se lixem todos.
Quanto à Manuela Ferreira Leite passa-me a mesma coisa. Ponha-se a mão na consciência! A senhora está idosa demais, não tem por isso capacidades para ocupar um lugar de tamanha responsabilidade.Se não vejamos: Como pode ser possível que uma economista, que até já foi ministra das finanças, tenha confundido a taxa máxima de IRS com a taxa do IRC? Simplesmente porque sofre de momentos de confusão mental! Tudo isto que se está a passar é muito grave. No entanto, serve para demonstrar que verdadeiramente os portugueses, consideram Sócrates um bom ministro, se não não seria necessário tanto jogo sujo para o derrubar! Certo?
Em tempos o Sr Silva tinha uma frase que era:
"Deixem-me trabalhar"
Agora é:
"Deixem passar as eleições"
Nós deixamos mas também sabemos que não vai dizer nada, até porque já percebeu que foi o chamado 'tiro no pé'.
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