terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dina Vierney e Aristide Maillol

Aos 73 anos, Maillol tinha-se já retirado da sua vida artística. Mas eis que lhe é apresentada Dina Vierney, então com 15 anos, porque um amigo via nela “um Maillol vivo”.
Dina pousa então para Maillol, durante 10 anos, até à morte do criador, em 1944. Numa relação de grande cumplicidade e que permitiu a imortalidade do seu corpo.
Dina foi musa, integrou a resistência francesa e, após a morte de Maillol, por sugestão de Matisse, dedicou-se ao coleccionismo e à arte.
São delas as formas femininas das estátuas do Jardim das Tulherias por si doadas ao estado francês, na década de sessenta.
Em 1995, depois de uma vida de galerista, cria a Fundação Dina Vierney – Museu Maillol.
Nasceu em 1919. Viveu até ao dia 20 de Janeiro de 2009.

1 comentário:

Lília Abreu disse...

Uma história bonita. Há estímulos assim, a motivarem um regresso, uma vontade de querer continuar a inovar, a criar. Até à morte.
Há musas que não se deixaram inebriar, apesar de tao jovens... Com olhos bem abertos ao que em seu redor se passava. Com intervençao, desapego generoso e visão.
Há mestres e musas que são um exemplo, para todos nós.
Obrigada pela partilha. Pouco sabia deste desenrolar. O teu post, fez-me ir ao google e sorrir ao ler entrevistas de DV: da pureza e timidez do mestre, da lucidez dela ao se lembrar exactamente do momento de cada trabalho. Num , explica a posição de estar a olhar para baixo: estava na escola e o mestre arranjou-lhe um estrado para ela estudar enquanto trabalhava. Vi tb um vídeo interessante sobre a fundação. Há posts assim...