segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A convicção como verdade, segundo Pacheco





Por vezes é assim. Põe-se de lado uma folha de jornal ou porque a ela se quer voltar, ou porque é mais ou menos importante reter o texto. Até que uma decisão se toma: manter ou deitar fora.
Vou deitar fora. Mas fica-me um amargo de boca. Porque, no caso, a dissertação de JPP sobre o que é mentira e, em particular, o que é a mentira boa e a má, a condenável, é um espanto.
O texto respeita à mentira – ou à convicção, sem sustentação em factos – sobre a existência de armas de destruição maciça no Iraque, e que foi a justificação para uma guerra com os resultados conhecidos. No Público de 29-03-08.
O destaque a encarnado da crónica de JPP reza assim: “Sim, algumas provas eram “mentira”, mas a convicção de que havia armas de destruição maciça não era mentira”.
Para uma mentira, mesmo que aspada, basta a convicção. Mas não a de qualquer um. No caso dificilmente passaria a convicção de outros que não fosse a de Bush, de Blair e, porque não?, a de JPP. Na altura, bem tentou Hans Blix, chefe dos inspectores da ONU, convencer que não existiam tais armas. Mas, para JPP, que poderia valer a convicção de Blix?

1 comentário:

Anónimo disse...

este Pacheco
é o máximo

na capacidade de inverter questões
as iludir
de tentar desmentir-"nos"
contra a realidade objectiva
à na nossa frente...

mas hoje
é dia de dizer gritar
Obama é fixe

e que se lixem todos estes Pereiras
da nossa praça

abraço