sábado, 3 de janeiro de 2009

“A Valsa com Bashir”










Um documentário animado, documentário porque ali não há ficção. Uma investigação do passado, na busca da memória reprimida. Até a um novo Holocausto que outra coisa não foi o massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chantila, no decorrer da guerra do Líbano de 1982. Aqui nada houve de heróico, como antes, porque um massacre é um massacre. Aqui nada houve de corajoso, nada que se pudesse justificar pela necessidade da sobrevivência. E isto marcou muitos dos intervenientes, entre os quais o realizador Folman, um dos que reprimiu a memória dos acontecimentos e que na “Valsa de Bashir” a reconstrói, com os testemunhos dos camaradas de então.
Não se trata de abordar a culpa do que aconteceu, mas apenas perceber porque se esquece, porque se quer esquecer.

1 comentário:

spring disse...

Caro A. Moura Pinto!
Desde já os nossos agradecimentos e votos também de um excelente 2009.Vimos o filme que refere este fim-de-semana e na verdade a forma como Ari decide abordar a questão do esquecimento do horror é na verdade surpreendente. O documentarismo entrou decididamente pela porta grande da animação.
Abraço cinéfilo.
Paula e Rui Lima