terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Uma desconsideração do Público

Ontem o dia era importante. Haveria que manter o elevado nível da luta contra a avaliação e, agora, também contra o ECD.
Como prognósticos só depois do jogo, aguardei pelo Público de hoje, para ver os resultados.
Primeira página, nada. O Público passou-se? Não houve greve?
Páginas 2 e 3, tomada de posse de Obama. Páginas 4 e 5, ainda a propósito da tomada de posse de Obama. Páginas 6 e 7, análises sobre o que virá com Obama. Páginas 8 e 9, ainda Obama. Páginas 10 e 11, Obama. Quem merece, merece. Obama merece.
Página 12… Ufa!
“Greve com adesão alta, mas menor que a de Dezembro”
e, com mais destaque, “Só viemos às 8.30 para termos mais tempo para nos divertirmos!”. Parece que a festa foi dos alunos.
Segundo os sindicatos, 91% ontem contra 94% em Dezembro. Para o ME 41%, sem que, segundo o Público, entrem os docentes das escolas (27% do total) que encerraram.
Mas 91% são atirados para a página 12, sem qualquer chamada na primeira página? Ou será que já não acredita em Nogueira?
E, para que se não some 41% e 27%, há que dizer que 27% das escolas não significam 27% de professores. Podem ser mais, ou menos. E foram fechadas por quem e com que objectivos?
Já agora: o ME reviu em alta o seu número quando à greve de Dezembro – de 61% para 66.7% - e isso, certamente, tendo em conta os descontos feitos nos ordenados dos grevistas de Dezembro. Isto pode ser objecto de auditoria. O que obriga a ser sério.
São sérios os números da Fenprof? Quem fez greve não recebeu o dia de ontem. A Fenprof só terá que fazer exibir os recibos.

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