”Gata cinzenta vestiu a gravidez com ligeireza. Corria até ao fundo do jardim, subia à árvore e voltava; depois outra vez, e outra; sendo o objectivo disto o momento em que, agarrada à árvore, ela virava a cabeça, olhos semicerrados, para receber os aplausos. Saltava degraus abaixo, três, quatro de cada vez. Arrastava-se debaixo do sofá, escorregando pelo chão. E, como tinha aprendido que qualquer pessoa, vendo-a pela primeira vez, ficava muito provavelmente em êxtase: Oh, que lindo gato! – ela punha-se sempre em frente da porta quando chegavam visitas, em pose adequada.”
Doris Lessing, ”Gatos e mais gatos”
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