Carapelhos é uma freguesia do concelho de Mira e dela ouvi hoje falar pela primeira vez, pela boca do Dr Rosete que, de forma muito entusiástica, referiu a existência de uma particular confraria gastronómica: uma confraria de nabos e, mais exactamente, a Confraria de Nabos e Companhia de Carapelhos, fundada em 2000.
Verdade que o que está em causa são os grelos de nabos, não as cabeças dos ditos. Mas, com a preocupação de prevenir brejeirices, optou-se pela designação de Confraria de Nabos e Companhia.
E são decisivos os grelos na economia local ao ponto de apenas 15 das 151 famílias de Carapelhos serem estranhas ao cultivo e comercialização dos grelos de nabo.
E como se chegou aqui? A exemplo de muitos outros locais, os naturais de Carapelhos, melhor, os que ousaram ficar, entregavam-se a uma agricultura de subsistência, num chão areento, quase estéril. E havia que aproveitá-lo a tempo inteiro. Por isso, para a época de cultivo de inverno, nada como cultivar nabos, porque resistentes ao frio e apreciadores da humidade do inverno.
E hoje partem de Carapelhos camiões de grelos destinados ao estrangeiro, no seguimento dos trajectos mais curtos feitos antes por carroças.
Mas as cabeças dos nabos integram também as tradições locais, sendo conhecida pela festa das cabeças a festa da Senhora da Conceição, padroeira de Carapelhos, que se celebra a 8 de Dezembro. E ainda das cabeças dos nabos se fazem os copos por onde escorre o vinho no ritual de entronização dos confrades da Confraria dos Nacos e Companhia.
Verdade que o que está em causa são os grelos de nabos, não as cabeças dos ditos. Mas, com a preocupação de prevenir brejeirices, optou-se pela designação de Confraria de Nabos e Companhia.
E são decisivos os grelos na economia local ao ponto de apenas 15 das 151 famílias de Carapelhos serem estranhas ao cultivo e comercialização dos grelos de nabo.
E como se chegou aqui? A exemplo de muitos outros locais, os naturais de Carapelhos, melhor, os que ousaram ficar, entregavam-se a uma agricultura de subsistência, num chão areento, quase estéril. E havia que aproveitá-lo a tempo inteiro. Por isso, para a época de cultivo de inverno, nada como cultivar nabos, porque resistentes ao frio e apreciadores da humidade do inverno.
E hoje partem de Carapelhos camiões de grelos destinados ao estrangeiro, no seguimento dos trajectos mais curtos feitos antes por carroças.
Mas as cabeças dos nabos integram também as tradições locais, sendo conhecida pela festa das cabeças a festa da Senhora da Conceição, padroeira de Carapelhos, que se celebra a 8 de Dezembro. E ainda das cabeças dos nabos se fazem os copos por onde escorre o vinho no ritual de entronização dos confrades da Confraria dos Nacos e Companhia.
E, interessado por isto, chego à Casa Gandaresa, também para mim desconhecida. Gandaresa porque da região demarcada de Gândara, que vai da Serra da Boa Viagem até ao limite norte do concelho de Mira, embora este tipo de habitação tenha ido para além destes limites geográficos.
E que tem de particular esta tipo de habitação?
A Casa Gandaresa é uma habitação de cariz rural, feita de adobe. No alçado frontal, apresenta como características peculiares uma porta ladeada por duas janelas – a zona da habitação – e um portão que dá acesso a um pátio fechado, com eira. Ao lado do portão podia ainda haver uma pequena janela para acesso directo das uvas ao lagar. Uma combinação perfeita entre a zona de trabalho e a zona de descanso.
Ora é numa Casa Gandaresa que a Confraria realiza os seus encontros regulares e entroniza os novos confrades.
O que não se pode ficar a partir de uma conversa à mesa, como foi o caso, ali junto à Batalha. No almoço dos colaboradores do Centro Hospitalar de S Francisco, de Leiria.
A Casa Gandaresa é uma habitação de cariz rural, feita de adobe. No alçado frontal, apresenta como características peculiares uma porta ladeada por duas janelas – a zona da habitação – e um portão que dá acesso a um pátio fechado, com eira. Ao lado do portão podia ainda haver uma pequena janela para acesso directo das uvas ao lagar. Uma combinação perfeita entre a zona de trabalho e a zona de descanso.
Ora é numa Casa Gandaresa que a Confraria realiza os seus encontros regulares e entroniza os novos confrades.
O que não se pode ficar a partir de uma conversa à mesa, como foi o caso, ali junto à Batalha. No almoço dos colaboradores do Centro Hospitalar de S Francisco, de Leiria.
2 comentários:
é extraordinário: a imensidão de coisas que acabei de aprender neste post. Ainda dizem que não há almoços grátis ... :-) Obrigada, AMP, post deveras interessante.
Obrigado io.
E o almoço até foi grátis. E ganhei ainda isto... ficando a saber umas coisitas.
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