quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Saia uma punição simplex. Que tal uma auto-punição?

Educação
Mário Nogueira defende punição para alunos que apontaram arma de plástico a professora

25.12.2008 - 12h34 Lusa
O porta-voz da plataforma sindical de professores, Mário Nogueira, defendeu hoje o apuramento de responsabilidades e a punição dos alunos que apontaram uma arma de plástico a uma professora durante uma aula, na escola do Cerco, Porto, considerando que "este acto não pode passar em claro"."É uma atitude clara de indisciplina, totalmente inaceitável e inadmissível. Deve haver um processo de apuramento de responsabilidades e uma punição disciplinar dos alunos envolvidos", afirmou Mário Nogueira. De acordo com a edição de hoje do "Jornal de Notícias", um grupo de alunos do 11º ano da escola do Cerco, no Porto, apontou uma arma de plástico à professora, durante a aula, exigindo a atribuição de uma nota positiva no final do primeiro período. A professora acabou por abandonar a sala de aula, avisando os alunos de que iria marcar falta disciplinar a toda a turma, num episódio que foi filmado por telemóvel e já está a circular na Internet. Em declarações à Lusa, o porta-voz da plataforma que reúne os onze sindicatos do sector defendeu que "a punição dos alunos deve ser exemplar, sem ser excessiva", para evitar que este tipo de acontecimentos se repita. Segundo o JN, a presidente do conselho executivo da escola do Cerco decidiu abrir um inquérito, tendo agendado para amanhã a audição dos alunos, apesar de desvalorizar a gravidade do caso. Citada pelo jornal, a responsável garante que a turma é constituída por "alunos normais e simpáticos, dos quais todos os professores gostam", tendo-se tratado apenas "de uma brincadeira de fim de período que mais ou menos toda a gente fez" e que ficaria resolvida internamente, caso não tivessem sido captadas as imagens que circulam na Internet. Para Mário Nogueira, a presidente do conselho executivo "faz mal em desvalorizar este caso, mesmo que se tenha tratado de uma brincadeira" dos estudantes. "Há brincadeiras que, pura e simplesmente, não são admissíveis. Os professores não estão nas aulas para brincar e os alunos também não podem estar", afirmou. Até ao momento ainda não houve nenhuma reacção oficial por parte do Ministério da Educação a este episódio. Em Março deste ano, um outro episódio de indisciplina numa sala de aula chocou o país, cujas imagens foram captadas por telemóvel e disponibilizadas na Internet, mostrando uma aluna a agarrar e insultar a professora na escola secundária Carolina Michaelis, também no Porto, depois de esta lhe ter confiscado o telemóvel. O caso chegou ao Tribunal de Família e Menores, que acabou por arquivá-lo, tendo a aluna sido punida com a transferência de escola e 30 horas de trabalho comunitário.
in Público

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