D. Duarte-Tive várias oportunidades de trabalho, mas não aceitei, porque, na minha condição, não poderia ser empregado de ninguém.
Ofereceram-lhe empregos?
D. Duarte-Sim, propuseram-me cargos de administrador em bancos (ainda bem que não aceitei, senão agora estaria preso). Não aceitei porque perderia a minha independência.
Ocuparia muito do seu tempo.
D. Duarte-Não foi por causa disso, porque os administradores dos bancos não fazem nada. Mas, na minha posição, se eu trabalhasse numa empresa, como assalariado, as minhas opiniões estariam condicionadas, não teria credibilidade.
Um assalariado não tem liberdade de expressão?
D. Duarte-Devia ter, mas nem sempre é possível.
Nunca lhe passou pela cabeça ter uma carreira profissional?
D. Duarte-Cheguei a pensar abrir um hotel na Guiné, ou em Timor. E estive para ficar na Força Aérea, em Angola, nos anos 70. Gostei muito. Poderia ter sido militar de carreira. Provavelmente teria sido saneado no 25 de Abril.
Entrevista do Chefe da Casa de Bragança
Público, 01-12-2008
Público, 01-12-2008
4 comentários:
Como por hábito não leio o Público ainda perdia estas pérolas. obrigado por elas!
Fantástico personagem!
MFerrer
Que vómito!!!
Caro Dr Moura Pinto
É um gosto lê-lo!
Esta entrevista é qualquer coisa de verdadeiramente extraordinário! Podia ser um texto da Produções Fictícias, o problema é que de fictício não tem nada. "Eles" são reais, (da realeza uns, da plebe, outros), andam por aí e até dão entrevistas...
Fiquei a pensar que me convinha imenso uma destas condições impeditivas de se ser empregado de alguém.
Agora que está mais disponivel, alinharia na abertura dum 5* em Timor?
Continuarei atenta a'O Azereiro!
Um beijo
Teresa (Braz Lopes)
Estou aqui à mais de 20 segundas para escrever alguma coisa, a melhor definição que encontrei já foi dada pela Magnolia; Que vómito!!!
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