Posted by Paulo Guinote
Novo vídeo colhido em plena aula, neste caso na Escola do Cerco, coloca-nos perante o dilema de perceber se isto não passa de uma parvoíce ocasional de adolescentes a precisarem de emoções fortes, se é o sinal de um tempo em que já não existe qualquer tipo de respeito e distanciação numa sala de aula.
Olhando o vídeo assim como aprece no site do JN não me aprece que, em algum momento, a professora sentisse que estava mesmo a ser ameaçada. Nota-se apenas que achou que a brincadeira estava a ir longe de mais.
Para mim o mais grave mesmo é o ar de business as usual que transparece das seguintes passagens da notícia:
Amanhã, a presidente do Conselho Executivo vai chamar os alunos à escola e abrir um procedimento de inquérito, por causa de um incidente disciplinar que teria sido “resolvido” internamente se não tivessem sido captadas e imagens que circulam na internet.
Colhida de surpresa, a responsável, Ludovina Costa, não conteve a interjeição “Que chatice!”, quando se deu conta da “gravidade” e da “irresponsabilidade” do caso.
Não tivesse galgado os muros da escola, situada numa zona socialmente problemática, o episódio morreria como “uma brincadeira de fim-de-período que mais ou menos toda a gente fez”.
Quanto ao resto, claro que alguma consequência os actos devem ter, mas quantos casos a sério, sem armas de plástico, não se passam por aí que ficam em silêncio?
Novo vídeo colhido em plena aula, neste caso na Escola do Cerco, coloca-nos perante o dilema de perceber se isto não passa de uma parvoíce ocasional de adolescentes a precisarem de emoções fortes, se é o sinal de um tempo em que já não existe qualquer tipo de respeito e distanciação numa sala de aula.
Olhando o vídeo assim como aprece no site do JN não me aprece que, em algum momento, a professora sentisse que estava mesmo a ser ameaçada. Nota-se apenas que achou que a brincadeira estava a ir longe de mais.
Para mim o mais grave mesmo é o ar de business as usual que transparece das seguintes passagens da notícia:
Amanhã, a presidente do Conselho Executivo vai chamar os alunos à escola e abrir um procedimento de inquérito, por causa de um incidente disciplinar que teria sido “resolvido” internamente se não tivessem sido captadas e imagens que circulam na internet.
Colhida de surpresa, a responsável, Ludovina Costa, não conteve a interjeição “Que chatice!”, quando se deu conta da “gravidade” e da “irresponsabilidade” do caso.
Não tivesse galgado os muros da escola, situada numa zona socialmente problemática, o episódio morreria como “uma brincadeira de fim-de-período que mais ou menos toda a gente fez”.
Quanto ao resto, claro que alguma consequência os actos devem ter, mas quantos casos a sério, sem armas de plástico, não se passam por aí que ficam em silêncio?
Aqui:http://educar.wordpress.com/2008/12/25/parvoice-apenas-ou-um-retrato-fiel-dos-tempos/ onde muitos professores melhor se autoretratam.
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