sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Quem não quer ser lobo…

Este homem vive um drama atroz. Não gosta que o tomem por parvo. E repete as vezes que forem necessárias.
E afirma não ser parvo algum, quando teima que a licença do Freeport e o diploma que, para além de correcções técnicas, alterou os limites da ZPE, foram decididos no mesmo momento, no mesmo local, pelas mesmas pessoas.
Isto porque mantém a mentira de que, para a licença, se tornava necessário o novo diploma que alterasse os limites da ZPE. E de nada vale a explicação dada quanto à tramitação de tal diploma, objecto de consulta por parte do PR junto do PM indigitado, para efeitos da sua promulgação, e ao facto de ser este último, Barroso, a referendá-lo.
Costa bem tenta informá-lo que a licença é um acto meramente administrativo que não vai a Conselho de Ministros, enquanto o diploma, esse sim, tem que ser aprovado em Conselho de Ministros. E também de nada vale recordar-lhe a tramitação do diploma e que, aliás, pode ser objectivamente confirmada.
Ele não gosta de ser tomado por parvo. Ele de parvo nada tem.
E, porque de parvo nada tem, até teoriza sobre os chumbos que o projecto teve. Os chumbos destinaram-se a levar os promotores a perceber que, ou há dinheiro por fora, ou o projecto marca passo.
Se o levarem a sério, de hoje em diante melhor é não chumbar coisa alguma. Não vá sobrar para quem chumbe a suspeita de ter sido comprado / subornado.
Estranha teoria esta. Para mim, o mais normal, a ser desonesto, seria facilitar tudo, ser simpático, com a condição de ser pago / subornado para isso.
Afinal não é assim para Pacheco: chumbar os projectos é que faz render. Quem nunca chumbou projecto algum pode dormir descansado. Se dúvidas houver, apenas terá que se defender com esta teoria de Pacheco.
E acrescentado: Pacheco nem é parvo e não gosta de passar por isso. Mas, por favor, não se invoque a sua honestidade intelectual.
Felizmente, Pacheco há só um. Espero que sem direito a reprodução ou cópia.
Hoje, na Quadratura do Circo, SIC-N

6 comentários:

Milu - miluzinha.com disse...

É este PP e o professor Marcelo! Sabem tudo! Só servem para destilar veneno!

lino disse...

Pachecos há muitos, incluindo o guitarrista da saudosa Hermínia que agora tem uma casa de fados própria. Já intelectualóide de direita que já foi um pequeno burguês de esquerda radical de merda, acho que só mesmo o auto-intitulado historiador( que é mais estoriador, no sentido de quem conta estórias da carochinha e não de quem se debruça sobre a História)

Mário Pinto disse...

Se me for permitido, gostaria de fazer um comentário aos comentários:

São tão pobrezinhos, perdoem a crueza do adjectivo!
Nem um argumento a sustentar as afirmações que são feitas.
Diz-se porque se diz, sem que sintam necessidade de se justificar.
Atiram-se umas “bocas”; reduz-se o adversário/opositor a algo pouco mais do que atrasado mental, esquecendo que, desta forma, são os próprios comentadores que ficam diminuídos.
Será que alguém atira pedras a uma árvore se esta não tiver frutos maduros e suculentos? Duvido.
Aprendi que qualquer pessoa pode fazer as afirmações mais absurdas, desde que as justifique.
Desafio os comentadores residentes deste blogue a fazê-lo.

A. Moura Pinto disse...

Mário
Publiquei o teu “comentário” embora verifique que te mereceu melhor atenção o que, livremente, escreveram os que designas por “comentadores residentes”.

Será que agora tb passa a haver um “condicionador” – evito o termo censor – residente? Será que terão que te submeter os comentários para aprovação?

E desculpa tb a franqueza: mas isso da superioridade moral, já nem os tais se atrevem a invocá-la. Foi tempo.

Mário Pinto disse...

Armando

Não sei como é que conseguiste ver no meu texto qualquer pretensa superioridade, moral ou outra.
Eu entendo que quem torna pública a sua opinião – seja em blogues ou nos Jornais - deve justificá-la.
Repito que assim é muito fácil, porque se diz o que quer sem que ninguém nos peça contas.
Por outro lado, é também uma questão de respeito por quem lê.
Quase que garanto que ninguém gosta de ler um artigo cheio de opiniões, apenas e só.
A não ser que as mesmas, por serem tão favoráveis às nossas pretensões, dispensem qualquer género de sustentação.
Também não falei em censura, até porque o meu reparo era dirigido aos comentadores, que não quis ofender ao rotulá-los de “residentes”.
Estou convencido de que a minha sugestão, se for ou fosse aceite, só enriqueceria o debate.
Estou a ser exigente? Não me parece, mas ainda assim direi que é a exigência que nos torna melhores e eu estou sempre disposto a aprender e até a mudar de opinião se a opinião contrária à minha contiver argumentos que me façam pensar, pelo menos.

P.S.: Nada escrevi sobre o teu comentário porque, em traços gerais, estou de acordo com ele.
Costumo ler e ouvir José Pacheco Pereira e, ainda que não concorde com a maioria das suas opiniões, tenho-o como alguém merece respeito. É um homem que pensa pela sua cabeça; tem ideias próprias; não muda de opinião conforme lhe dê mais jeito. Ora, só alguém que é culto, independente e corajoso consegue ser assim. Por isso me choca ler aqueles comentários.
Defende as posições do PSD? Claro que defende, tal como outros defendem as posições do PS, por exemplo. Será por este motivo que ganha o “direito” a ser insultado?

A. Moura Pinto disse...

Mário
Escreveste antes:
"Se me for permitido, gostaria de fazer um comentário aos comentários:
São tão pobrezinhos, perdoem a crueza do adjectivo!"
E isto:
"Atiram-se umas “bocas”; reduz-se o adversário/opositor a algo pouco mais do que atrasado mental, esquecendo que, desta forma, são os próprios comentadores que ficam diminuídos."

E foi o que me levou a falar em superioridade moral. Quando, por exemplo, entendes por pobrezinhos os comentários dos outros.

Agora escreves:
"Por outro lado, é também uma questão de respeito por quem lê."
E aqui concordo contigo. Devemos respeitar.
Quanto ao PP, no que me respeita, eu não questiono a defesa que faça do PSD. Para mim é normal. O que estava em causa, no que citei, nem tinha a ver com o seu (dele) partido.
Um abraço